terça-feira, 22 de outubro de 2013

VISITA À FUNDAÇÃO CHAMPALIMAUD


 O dia 31 de Maio estava propício para um passeio à beira Tejo.  Foi isso que fizemos no tempo de que dispúnhamos até iniciarmos a visita à Fundação Champalimaud. O edifício claro, de linhas simples e formas arredondadas, envolto por espaços verdes de um lado e pelas águas do rio do outro, contribuiu para que este fosse um passeio muito agradável.



Lá dentro, esperavam-nos as amigas e amigos da VCA  com quem conversámos durante algum tempo, até surgir a nossa guia, a Dra  Maria João Villas-Boas,  que nos deu as boas vindas e nos proporcionou uma primeira abordagem sobre a criação, os objectivos e a actividade da Fundação Champalimaud.

O empresário António Champalimaud (1918-2004) deixou registada em testamento a sua vontade de que uma parte da sua herança fosse destinada à criação de um centro de investigação em ciências médicas. Para dirigir o projecto que iria materializar o seu sonho, nomeou a Dra. Leonor Beleza.

Após a sua morte, em 2004, foi escolhido o arquitecto Charles Correa, muito ligado a Gôa e Portugal, para elaborar o projecto da Fundação e fez-se uma pesquisa a nível europeu para identificar as áreas científicas que nela seriam objecto de estudo. Foram escolhidas as neurociências  e o cancro  por estarem associadas a doenças que provocam grande sofrimento humano.

Depois desta breve síntese, iniciámos a visita  pelo andar superior do edifício principal da Fundação. No segundo andar deste edifício, estão localizados os laboratórios de investigação em neurociências, no primeiro os laboratórios de investigação na área da oncologia, no rés-do-chão os gabinetes destinados às consultas e, no piso inferior, os espaços onde se faz o tratamento desta doença.


Tivemos oportunidade de passar pelo corredor envidraçado que liga os dois edifícios principais da Fundação Champalimaud pela parte superior. Daqui pudemos disfrutar de uma impressionante vista panorâmica do rio Tejo e dos espaços exteriores da Fundação.

Seguidamente, percorremos os laboratórios destinados à investigação em neurociências, avistámos os laboratórios de investigação oncológica e os gabinetes destinados às consultas. A importância da investigação aqui realizada é comprovada  pelo elevado número de publicações em revistas científicas de grande prestígio.

É de salientar uma janela envidraçada existente no primeiro andar, ”a janela da esperança”, de onde é possível observar a circulação dos doentes no rés-do-chão. O arquitecto, com esta janela, pretendeu chamar a atenção dos cientistas para o facto de a sua investigação ter como finalidade o tratamento de doentes concretos que ali entram e saem todos os dias.

Na zona do edifício destinada aos tratamentos de rádio e quimioterapia, a nossa guia chamou a  atenção para o facto de existir um jardim para uso exclusivo dos doentes que ali realizam tratamentos.




A preocupação em diminuir o sofrimento humano reflecte-se também na criação do prémio Champalimaud. Este é atribuído, nos anos ímpares, a instituições internacionais que se tenham distinguido no tratamento de doenças da visão e, nos anos pares, a trabalhos de investigação científica sobre a visão. Trata-se de um prémio de um milhão de euros, o que o coloca ao nível do prémio Nobel em termos monetários.

Em seguida, visitámos outro edifício integrado no centro, composto por um bar, um restaurante e um belíssimo  auditório.

No final da visita, a nossa guia esclareceu todas as dúvidas que surgiram e agradeceu a nossa presença. Nós também agradecemos a disponibilidade demonstrada para nos guiar, numa visita tão interessante, a um belo e útil edifício que tanto enriquece a nossa cidade.

Augusta Martins
Maio de 2013

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