segunda-feira, 26 de maio de 2014

segunda-feira, 19 de maio de 2014

ACADEMIA DE CIÊNCIAS DE LISBOA

 A Academia foi fundada no reinado de Dona Maria I, no dia 24 de dezembro de 1799, em pleno Iluminismo, como Academia Real das Ciências .
Com o beneplácito da rainha, os seus fundadores foram, respetivamente o seu primeiro presidente e grande mentor o 2º Duque de Lafões e o primeiro secretário o Abade Correia da Serra, que eram opositores do regime do Marquês de Pombl.
A criação deste estabelecimento inseriu-se numa corrente antipombalina, contra o estudo das humanidades, que o Marquês fizera questão em manter.
Em 1783 D. Maria declarou-se protetora da Academia, que desta forma teve o título de Real Academia.
Tendo como presidente o Duque de Lafões, o secretário o Visconde de Barbacena e o vice-secretário o Abade Correia da Serra, a Academia ficou estruturada em três áreas distintas que se designaram por classes, (Ciências Naturais, Ciências Exatas e Belas-Letras), mas em 1851 as duas primeiras juntaram-se na Classe de Ciências e a segunda deu origem à Classe de Letras.
A designação de “Real” viria a desaparecer em 1910 com a implantação da República.
A Academia é uma instituição científica de utilidade pública, dotada de personalidade jurídica e de autonomia administrativa.
Entre outras missões cabe à Academia incentivar a investigação científica, estimular o estudo da língua e literatura portuguesas e promover o estudo da história portuguesa e das suas relações com outros países. Desenvolve
atividades diversas nos domínios científicos e das letras, produzindo publicações, instituindo prémios a trabalhos de relevo e promovendo a realização de simpósios, conferências ou colóquios, é também órgão consultivo do Governo  em matéria linguística.

Entre os muitos contributos da Academia para o desenvolvimento da ciência em Portugal destaca-se o início das observações meteorológicas em Portugal, pelos académicos Jacob Pretorius e Marino Franzini (1779-1861).
A Academia tem dois institutos: - O Instituto de Altos Estudos, presidido por Adriano Moreira e aberto a peritos e cientistas não pertencentes à ACL. Tem por objetivo a promoção de estudos avançados em Ciências e Humanidades e o Instituto de Lexicologia e Lexicografia da Língua Portuguesa, presidido por Artur Anselmo, visa estimular a preservação e expansão da língua portuguesa, estando aberto também à participação de peritos e cientistas não pertencentes à ACL. De entre as obras realizadas pelo Instituto de Lexicologia e Lexicografia da ACL conta-se o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea.

Em 2004, ao proceder-se a obras de manutenção no pavimento do claustro, foram descobertas sepulturas com ossadas amontoadas. Após investigações preliminares feitas pelo diretor do Museu da Academia, Miguel Teles Antunes, descobriu-se que, misturadas com as ossadas dos frades do convento, estavam ossadas das vítimas do Terramoto de 1755. As ossadas têm sido estudadas por diversos investigadores, tendo sido feitos dois colóquios inter-académicos no Salão Nobre sobre esta temática.
Para além dos recursos próprios, a Academia passou a administrar, a partir de 1792, o Museu de História Natural doado à Academia por José Mayne (1723-1792).
Em 1855, por falta de condições financeiras para uma adequada manutenção do seu espólio, o Museu foi encerrado ao público. Em 1858, o governo decidiu transferir todas as coleções de Zoologia e Mineralogia para a Escola Politécnica de Lisboa, dando origem ao Museu de História Natural da Escola Politécnica, depois chamado Museu Bocage. Este espólio veio a arder no incêndio que ocorreu na Faculdade de Ciências de Lisboa em Março de 1978.
No entanto, o legado de José Mayne continua hoje ainda vivo na Academia, através do Museu Maynense, integrado no Museu da Academia.
Procurando facilitar o acesso à informação, a Academia disponibiliza uma área no seu sítio da Internet denominada "Biblioteca Digital – repositório de informação histórica e científica".

Nesta área, o público tem acesso, numa primeira fase, a um conjunto de mais de cem documentos entre manuscritos, livro antigo impresso e processos individuais dos sócios da Academia. A Crónica Geral de Hespanha é um dos mais importantes textos da historiografia medieval, tendo o exemplar da Academia o texto escrito sobre folhas de pergaminho, contendo um vasto conjunto de iluminuras, das quais se destacam as letras capitulares, nas aberturas de capítulo ou de parágrafo.
A Biblioteca da Academia, integra a antiga Livraria do Convento de Nossa Senhora de Jesus de Lisboa, composta por um fundo de manuscritos, incunábulos e livro antigo impresso do século XVI ao século XIX – sendo, por isso, considerada uma biblioteca patrimonial. 
A Biblioteca, ocupa o Salão Nobre da Academia das Ciências, que se destaca pelas pinturas do teto, atribuídas a Pedro Alexandrino de Carvalho, pelo revestimento das paredes com estantes de talha dourada e pela galeria em redor de balaustrada contínua. Considerada uma das mais importantes bibliotecas do país, especialmente para a investigação nas áreas da Língua e Cultura Portuguesa, está aberta a membros da Academia, a outros académicos e cientistas e ao público em geral. Para além de obras modernas, integra a antiga biblioteca do referido convento, reunindo um espólio com cerca de 3000 manuscritos portugueses, árabes, espanhóis e hebraicos e uma inestimável coleção de livros dos séculos XIV, XV, XVI e XVII. Acolhe, também, uma das mais completas coleções de periódicos de todo o mundo relacionadas com Ciências e Humanidades. Funciona ainda, como Depósito Legal, onde um exemplar de todo o artigo, livro ou texto publicado em Portugal é arquivado.


Bibliografia - Wikipédia, a enciclopédia livre , Sítio da CML- equipamentos, Observatório da Língua Portuguesa, www.acad-ciencias.pt



Maria Fernanda Lopes – maio 2014

MÃOS

Olho as minhas mãos….
Imagem retirada da Internet
que foram brancas…
suaves…
esguias
macias…...

e não as conheço.
Ponho as minhas mãos
à noite, no vidro da janela
e peço à lua cheia que as ilumine.
A lua escurece
e desaparece
no céu estrelado.
Olho as minhas mãos
Que perderam a brancura…
a suavidade…
a macieza…
e escondo-as no meu xaile.
Tão lindas que elas eram!
Porque ficaram velhas?
A lua espreita pelo vidro da janela.
Voltou!
Voltou metamorfoseada
no teu rosto
quando o acaricio com as minhas mãos.

Poema: Maria da Glória Chagas
14 de Maio de 2014



terça-feira, 6 de maio de 2014

A HISTÓRIA DA EVOLUÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA

O texto que se segue e o vídeo do post anterior foi-nos enviado pela associada Fernanda Lopes

"A história da língua portuguesa é a história da evolução da língua desde a sua origem no noroeste da Península Ibérica até ao presente, como língua oficial falada em Portugal e em vários países de expressão portuguesa. 
Em todos os aspectos - fonética, morfologia, léxico e sintaxe - o português é essencialmente o resultado de uma evolução do latim vulgar trazido por colonos romanos no século III a.C., com influências menores de outros idiomas. O português arcaico desenvolveu-se no século V d.C., após a queda do Império Romano e as invasões bárbaras, como um dialecto românico, o chamado galego-português, que se diferenciou de outras línguas românicas ibéricas. Usado em documentos escritos desde o século IX, o galego-português tornou-se uma linguagem madura no século XIII, com uma rica literatura. Em 1290 foi decretado língua oficial do reino de Portugal pelo rei D.Dinis I. O salto para o português moderno dá-se no renascimento, sendo o Cancioneiro Geral de Garcia de Resende (1516) considerado o marco do seu início. A normalização da língua foi iniciada em 1536, com a criação das primeiras gramáticas, por Fernão de Oliveira e João de Barros. A partir do séc. XVI, com a expansão da era dos descobrimentos, a história da língua portuguesa deixa de decorrer exclusivamente em Portugal, abrangendo o português europeu e o português internacional".



A ORIGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA