quarta-feira, 30 de abril de 2014

ATÉ SEMPRE JOÃO


Imagem cedida pela autora do poema
Praia
Fortaleza
Pontão
Onda vai…onda  vem…
Gaivotas  que  esperam
O sol, o barco, o peixe.
Passeando
Ele  vê,
Ele  sente,
Ele  cheira
O seu  ar … a  sua  terra … o  seu  mar…
A maresia.
E espera.
Espera  o  futuro  que  não  se  vê.
A linha  do  horizonte  afasta-se
E perde-se  para  lá  do  fundo.
E regressa  à  rua, à  marginal
Onde todos  passam.
Passam  olhando  e  não  vendo.
E ele  caminha,
Anda  e procura  o  dia  que  tomba.
O sol  põe-se  atrás  do  farol.
Cai  a  noite  e  ele  continua  a  andar
Em  direcção  ao  seu  mar
Levando  no  olhar a  sua  amada  Sesimbra.

E  dilui-se  para  lá  do  horizonte.
       Texto: Glória Chagas

1 comentário:

  1. A imagem é uma fotografia do quadro pintado pelo meu marido. João Chagas, a quem dedico o poema.

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