Nos saudosos campos do Mondego...
Acabo de me deliciar com umas
torradas feitas de arrufada de Coimbra. Comprei-a no Nicola, na Baixinha. Temos
sempre que trazer uma lembrança dos lugares visitados, para que de alguma forma
nos apropriemos deles, guardando-os depois nem que seja na memória gustativa.
Mas esta incursão por Aeminium
deixou-nos muitas memórias e abriu mais umas folhas do livro do passado, esse
que forma a nossa identidade e a nossa sociedade.
Museu Machado de Castro |
Fiquei surpreendida com aquele
criptopórtico romano, cuja aparente simplicidade de construção assenta num
império de sabedoria e estabilidade. Sabedoria alcançada pelos Romanos, que
buscaram em si e nas outras civilizações regras, experiências, procedimentos,
soluções que resultaram em obras de arte robustas, eficazes, belas. E que
perduraram através dos séculos.
Deposição de Cristo no Túmulo de João Ruão |
Taberna do Sr. Pinto |
Antes de descer o “Quebra Costas”
visitámos a Sé Velha, um edifício marcante do românico, também ele um ex-libris
de Coimbra. Por isso mesmo, inadmissível o desleixo do terreiro em frente:
sujo, desordenado… Brada aos céus! Já lá em baixo, a igreja de Santa Cruz tem o
espaço à volta cuidado. E bem merece, pois aí repousam os restos mortais dos
reis fundadores de Portugal, entre preciosos relicários de pedra manuelinos!
Com tudo a que têm direito!
Direitos ao Paço do Conde fomos
todos nós comer um lanche ajantarado, enriquecido com fados de Coimbra,
cantados pela prata da casa, com muitos F R As que ajudaram a criar espírito de
grupo, a distender, a divertir.
Isto tudo no sábado! E sexta
feira? Durante o dia um “must”! Com destaque especialíssimo para a Biblioteca
da Universidade. Barroca, sim, mas só lá mais para cima. Não dá para enfastiar
com tanto ouro como noutros barrocos. Visita, aliás, muito agradavelmente
guiada.
À noite, esqueçam! À Capella foi
um fiasco! Qualquer um de nós cantou com mais alma no lanchinho de sábado!
O passeio a Coimbra encheu-me as
medidas. (Claro que já esqueci que tive de comparecer em Sete Rios às sete
horas! Que tal procurar uma praça central cujo nome comece por oito? Do “tipo”:
em Oitavos às oito!)
Texto: Ana Amorim
Fotos: Beatriz Vargas
Fotos: Beatriz Vargas
Óptima reportagem dessa cidade tãolinda, do Penedo da Saudade, do Choupal, do Portugal dos Pequeninos...
ResponderEliminarObrigada pelas recordações.