segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

CAPELA DE SANTO AMARO

Ouvindo as explicações da Presidente da VCA
 A Capela de Santo Amaro,  foi edificada em 1549, seu projeto é atribuído a Diogo de Torralva, e está classificada como Monumento Nacional pelo Decreto datado de 16 de Julho de 1910.
A fundação da Ermida atribui-se aos tripulantes galegos de uma barca que teria aqui dado à costa, embora haja quem a ligue à iniciativa de uma série de frades da Ordem de Cristo, regressados de Roma, que aqui teriam iniciado a sua ascese religiosa
Desde cedo local de Romaria, tornou-se famosa pela Romaria de Santo Amaro, uma das mais apreciadas em toda a cidade, que decorria a 15 de Janeiro, tendo a última sido realizada em 1911.

Esta ermida apresenta uma curiosa planta circular (oito metros de diâmetro) encimada por cúpula rematada por lanternim, vazado por três janelas e coroado por pequena cúpula.
A capela-mor, também circular, é ladeada, à direita, pela sacristia (contígua à galilé) que ostenta belo arcaz com pinturas alusivas à vida do padroeiro e aos seus milagres mais relevantes. O belíssimo lavabo embebido na parede possui medalhão de mármore, também referente a um importante milagre em que o santo impede Plácido de morrer afogado. Parece ter sido aqui, no espaço ocupado pela sacristia, que se ergueu a ermida inicial, da mesma devoção, segundo inscrição na porta principal. No flanco esquerdo, a capela-mor é ladeada pela casa do despacho.
A ermida ostenta dois altares de madeira, sendo o do Evangelho de invocação a S. João Batista e o da Epístola a Santa Bárbara. Destacam-se os silhares policromos, de azulejos, que vestem as paredes a um terço da altura, versando cenas da fundação do templo, datáveis do século XVIII, identificados como provenientes das fábricas do Rato.

A capela-mor, abobadada, possui imagem do orago (Santo Amaro) no altar-mor, de talha. A nível da cobertura, o coro central é ladeado, superiormente, por dois terraços. A igreja é envolvida por estrutura poligonal de sete lados retilíneos, dos quais três constituem as aberturas, onde se inserem os portões que abrem para um recinto semicircular que forma uma galilé de entrada. Os portões, do século XVIII, são de ferro forjado e a sua gramática decorativa alude aos atributos do santo.


Parte de trás da capela de Santo Amaro
A galilé, abobadada, forma um conjunto harmonioso, com as suas paredes revestidas por magníficos azulejos policromos de fins do século XVI, inícios do século XVII, de sabor renascentista, onde se misturam rótulos, pendurados, anjos, festões e fitas, a par com a simbologia de Santo Amaro, atribuíveis a Francisco de Matos. No muro da galilé há dois altares laterais rasgados, cujos silhares representam o santo em figura natural - num deles estamos perante Santo Amaro peregrino, segurando o tradicional bordão; no outro é já o confronto com a sua condição de bispo, realçado pelos usuais atributos, a mitra e o báculo. Estes painéis são separados por pilastras azulejares, com sereias imbricadas em temática vegetalista. A galilé é enriquecida com bancos de cantaria junto às paredes.
Os portões, são datados do século XVIII de ferro forjado, sendo que a sua gramática decorativa alude aos atributos do santo.


Fontes: Wikipédia: SIPA; Guia da Cidade; DIDA/IGESPAR,I.P./ Setembro de 2007

Texto enviado por Fernanda Lopes
Fotografia: Fernanda Lopes

2 comentários:

  1. Em dia de S. Sebastiao (Martir) 20 de Janeiro, uma visita a ermida de Santo Amaro, que se festeja a 15!
    Gostei do que li!

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  2. Lindissima e completa reportagem de mais passeio da VCA, a um monumento muito pouco conhecido de Lisboa. Maria Joao Campos

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