Olho o céu escuro
e não vejo estrelas.
Espera-me uma longa noite,
Deito-me numa cama fria
com almofadas sobrepostas
onde poiso a minha cabeça
cheia de vazio.
De olhos fixos na porta
vejo deslizar fantasmas
de um corpo teu que, por instantes, foi meu.
Como é longa a noite!
sem estrelas e sem lua.
Sobre mim passam
as emoções que foram nossas.
Passam ligeiras e deixam a saudade.
O sono retarda e a solidão deita-se comigo.
O cansaço da cabeça vazia.
apenas deixa o olhar ver.
Não ouço a tua voz.
Não sinto o teu calor.
Tão só vejo fantasmas de ti.
O sol nasce e bate nos vidros.
É dia. É outro dia.
Poema: Maria da Glória Chagas
Tela: pintor Pascal Chôve
Amigas, a escolha da imagem foi perfeita. Parabéns pelo bom gosto.
ResponderEliminarPoesia e imagem em completa sintonia. Gostei muito.
ResponderEliminarLuísa Ferreira
Lindissimo poema!
ResponderEliminarParabens pela publicacao.
Um abraco dalgodrense.