E eu observando-as da
janela da minha casa, verdadeiro 1º balcão de um cinema ao ar livre.
Elegantes, bamboleiam-se
ao som de uma pequena brisa para se refrescarem do calor que se aproxima.
Vestem-se de verde, tentando tapar os seus membros magros e elegantes.
Mais tarde - meses mais
tarde – vestidas de um verde-garrafa, não deixam apreciar o seu interior. Têm
calor, têm sede, resistem, ansiando por um ventinho que não chega.
E eu observando-as da
janela da minha casa, verdadeiro 1º balcão de um cinema ao ar livre.
Depois, começam a ficar
cansadas. As roupas ficam amareladas ou, até mesmo acastanhadas.
Chega o vento e o frio.
Começam a ficar descaídas, tentando aguentar as fustigadas da ventania. Até
parece que já não têm graça.
Aumenta o frio, desce a
temperatura. O chão do espaço onde habitam está coberto pelos restos das suas
vestes. De novo, os seus membros estão despidos.
E eu observando-as da janela da minha casa,
verdadeiro 1º balcão de um cinema ao ar livre.
É daqui que assisto ao
desenrolar das 4 estações, através de três lindas árvores que me fazem
companhia na praceta junto ao prédio onde moro.
Texto e fotografia: Maria da Glória Chagas
Realmente, o outono é mesmo inspirador. Gostei das palavras e das imagens poéticas que transmitiste. Obrigada, Glória, por partilhares connosco as tuas emoções.
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