FOI HÁ DEZ ANOS
Foi há dez
anos, mais precisamente no dia 22 de Janeiro de 2004, que a VCA fez a sua
primeira aparição pública. Aconteceu num
lanche, na sala de professores da Escola E B. 2. 3 de Telheiras, da qual
era, então, presidente, a Inês Pereira, atual presidente da Assembleia Geral da
VCA.
Éramos todas,
ou quase todas, professoras dessa escola. O nosso objectivo era despretencioso
e claro: conhecer a nossa cidade, os seus monumentos e locais aprazíveis, deliciarmo-nos com os simpáticos
e tentadores lanches com que terminávamos quase sempre os nossos passeios.
Em suma, foi o início de uma longa caminhada
cultural por Lisboa, que começou no dia 3 de Março de 2004, no Convento dos
Cardais, sempre com muito boa disposição, dinamismo, criatividade e descontraído
convívio, de tal modo, que não encontrámos mais nenhuma outra designação que expressasse
melhor o nosso estado de espírito do que a expressão “ Vivaças da Casa Amarela”, com a qual começámos logo de início
a designar o nosso grupo. Em suma, o que pretendíamos era somente passar uns momentos
divertidos, prolongar para fora dos portões da escola a boa camaradagem que tinha
caraterizaddo desde sempre o nosso relacionamento no ambiente escolar, onde
nessa época , quase todas nós ainda nos movíamos.
Pois é, os
tempos eram outros, a maior parte de nós ainda trabalhava e acreditava que era
possível conciliar trabalho com lazer.
Ah, outra
coisa importante, o grupo era, então, exclusivamente feminino, constituído só por
vivaças o que, de certo modo, atraía um pouco as atenções, como aconteceu uma
vez em Itália.
“ Dio, tante donna, tante donna! ” exclamaram
os funcionários masculinos do aeroporto de Roma quando regressavámos a Lisboa,
vindas de Veneza, espantados com tão esfusiante vivacidade. Essa era a segunda
viagem que fazíamos ao estrangeiro já que, para além de realizarmos passeios
por Portugal fora, os nossos planos também incluíam, evidentemente, escapadelas
internacionais.
No segundo ano
da nossa existência, a designação “ Vivaças
da Casa Amarela” já só era proferida em privado, em tom de brincadeira,
porque já tinhamos um nome, digamos, mais sério, mais em consonância com os
nossos propósitos culturais. Não estão a ver nós ligarmos para a Gulbenkian ou
para a Embaixada de França, quando queríamos marcar uma visita, e dizer “ Daqui
falam as vivaças da Casa Amarela”, pois não ? Foi, então, que “as vivaças “
deram lugar à VCA- Vida Cultura e Arte” que, passado algum tempo, se constituiu
legalmente em associação cultural.
Quanto aos
elementos masculinos, que, como já se disse, não estiveram nas origens da VCA, só
deram um ar da sua graça no primeiro passeio que
fizemos fora de portas “ Por
Terras de Azeitão e Arrábida”, no dia 14 de Maio de 2005.
Foi um dia muito especial que convém
assinalar. Sim, isso mesmo! Eles, os vivaços das nossas queridas vivacinhas receberam, finalmente, o almejado convite por
que há tanto ansiavam: serem admitidos
num passeio da VCA.
E lá iam chegando, ele e ela, o casal
vivaciano: um, dois, três, quatro. Hoje, eles, os vivaços, já são mais, mas
ainda continuam minoritários. Por que será? Deixo aqui a pergunta. Quem souber
que responda.
Dez anos
passaram, bem depressa. Depressa demais, aliás! Visitámos muito locais, uns
perto, outros bem longe. Vimos paisagens deslumbrantes, monumemtos esplendorosos,
obras-primas do engenho humano. Conhecemos novas pessoas, fizemos novos amigos
e estreitámos laços de amizades com amigos que já não víamos há muito tempo.
A VCA é mesmo
assim , como a Ana Amorim escreveu no Home Page do nosso site “ Uma
caminhada pela Vida, criando e reforçando relações de afeto. Uma janela aberta
para a Cultura e para a Arte, indo, contemplando, ouvindo e comentando um
património rico e diversificado.”
Obrigada a
todos por nos acompanharem ao longo do tempo. Este é o ano em que se comemora o
décimo aniversário daVCA. Estão em
preparação vários eventos, entre os quais um jantar muito especial que
encerrará as comemorações.
Texto: Luísa Ferreira
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