terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

CAMINHADA DA VCA

FOI HÁ DEZ ANOS 
Foi há dez anos, mais precisamente no dia 22 de Janeiro de 2004, que a VCA fez a sua primeira aparição pública. Aconteceu num  lanche, na sala de professores da Escola E B. 2. 3 de Telheiras, da qual era, então, presidente, a Inês Pereira, atual presidente da Assembleia Geral da VCA.
Éramos todas, ou quase todas, professoras dessa escola. O nosso objectivo era despretencioso e claro: conhecer a nossa cidade, os seus monumentos e locais  aprazíveis, deliciarmo-nos com os simpáticos e tentadores lanches com que terminávamos quase sempre os nossos passeios.
 Em suma, foi o início de uma longa caminhada cultural por Lisboa, que começou no dia 3 de Março de 2004, no Convento dos Cardais, sempre com muito boa disposição, dinamismo, criatividade e descontraído convívio, de tal modo, que  não encontrámos  mais nenhuma outra designação que expressasse melhor o nosso estado de espírito do que a expressão “ Vivaças da Casa Amarela”, com a qual começámos logo de início a designar o nosso grupo. Em suma, o que pretendíamos era somente passar uns momentos divertidos, prolongar para fora dos portões da escola a boa camaradagem que tinha caraterizaddo desde sempre o nosso relacionamento no ambiente escolar, onde nessa época , quase todas nós ainda nos movíamos. 
Pois é, os tempos eram outros, a maior parte de nós ainda trabalhava e acreditava que era possível conciliar trabalho com lazer.
Ah, outra coisa importante, o grupo era, então, exclusivamente feminino, constituído só por vivaças o que, de certo modo, atraía um pouco as atenções, como aconteceu uma vez em Itália.
Dio, tante donna, tante donna! ” exclamaram os funcionários masculinos do aeroporto de Roma quando regressavámos a Lisboa, vindas de Veneza, espantados com tão esfusiante vivacidade. Essa era a segunda viagem que fazíamos ao estrangeiro já que, para além de realizarmos passeios por Portugal fora, os nossos planos também incluíam, evidentemente, escapadelas internacionais.
No segundo ano da nossa existência, a designação “ Vivaças da Casa Amarela” já só era proferida em privado, em tom de brincadeira, porque já tinhamos um nome, digamos, mais sério, mais em consonância com os nossos propósitos culturais. Não estão a ver nós ligarmos para a Gulbenkian ou para a Embaixada de França, quando queríamos marcar uma visita, e dizer “ Daqui falam as vivaças da Casa Amarela”, pois não ? Foi, então, que “as vivaças “ deram lugar à VCA- Vida Cultura e Arte” que, passado algum tempo, se constituiu legalmente em associação cultural.
Quanto aos elementos masculinos, que, como já se disse, não estiveram nas origens da VCA, só deram um ar da sua graça no primeiro passeio que fizemos fora de portas “ Por Terras de Azeitão e Arrábida”, no dia 14 de Maio de 2005.
 Foi um dia muito especial que convém assinalar. Sim, isso mesmo! Eles, os vivaços das nossas queridas vivacinhas  receberam, finalmente, o almejado convite por que há tanto ansiavam:  serem admitidos num passeio  da VCA.
 E lá iam chegando, ele e ela, o casal vivaciano: um, dois, três, quatro. Hoje, eles, os vivaços, já são mais, mas ainda continuam minoritários. Por que será? Deixo aqui a pergunta. Quem souber que responda.
Dez anos passaram, bem depressa. Depressa demais, aliás! Visitámos muito locais, uns perto, outros bem longe. Vimos paisagens deslumbrantes, monumemtos esplendorosos, obras-primas do engenho humano. Conhecemos novas pessoas, fizemos novos amigos e estreitámos laços de amizades com amigos que já não víamos há muito tempo.
A VCA é mesmo assim , como a Ana Amorim escreveu no Home Page do nosso site “ Uma caminhada pela Vida, criando e reforçando relações de afeto. Uma janela aberta para a Cultura e para a Arte, indo, contemplando, ouvindo e comentando um património rico e diversificado.”
Obrigada a todos por nos acompanharem ao longo do tempo. Este é o ano em que se comemora o décimo aniversário daVCA.  Estão em preparação vários eventos, entre os quais um jantar muito especial que encerrará as comemorações.

Texto: Luísa Ferreira



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